Foram 17 jogos até conquistar o grande objetivo da temporada. 40 gols marcados e apenas 13 sofridos. Somente três derrotas. Esses são os números do PSTC Procopense em 2019, que conquistou o acesso para a primeira divisão no Campeonato Paranaense de 2020.
Apesar da estreia desastrosa, sofrendo uma goleada de 5 a 1, o time se recuperou e foi crescendo ao longo da competição. Gabriel, que estava presente no primeiro jogo do time falou sobre a recuperação após a primeira derrota: “Acredito que aquele jogo foi atípico. Continuamos lutando, foram chegando mais jogadores para reforçar nosso time que ainda tinha poucos atletas. Também tivemos muito apoio da comissão técnica que nos deu força para dar continuidade e acreditar no nosso trabalho”, afirmou o zagueiro.
Para o lateral direito Everaldo a continuidade do trabalho para que o PSTC se recuperasse e pudesse fazer um bom campeonato foi importante para conquistar resultados postivos. “Não pude jogar os dois primeiros jogos e isso me deixava angustiado, pois eu queria entrar em campo para ajudar a equipe. Logo após o jogo de estreia, sentamos e começamos a acertar o time. Apesar de termos perdido o jogo seguinte, a postura da equipe já era outra. Tanto que depois não perdemos mais naquela fase.”
Um dos jogadores que chegou pra reforçar a equipe e fez toda a diferença ao longo dos jogos, foi o zagueiro Hurtado. Natural da Colômbia, o atleta que já havia tido outras experiências no futebol do Brasil, destacou a importância de se adaptar ao jeito brasileiro: “O futebol no Brasil e na Colômbia são diferentes. Lá eles trabalham muito o jogo de corpo e no Brasil eles tocam mais a bola. Aos poucos fui me adaptando as características do futebol brasileiro”. Ele também destacou o apoio de sua família lá na Colômbia, o acolhimento de amigos que para ele já se tornaram família no Brasil e também de sua esposa. “Eles me deram força e me estimulavam a buscar sempre mais no futebol brasileiro.”
Defesa regular
Com apenas 13 gols sofridos em 17 jogos, o PSTC teve uma das menores médias de gol por jogo do campeonato. Chegou a ficar 5 partidas consecutivas sem tomar gol, a maior sequência da competição. Um dos responsáveis por esses números, foram os goleiros Robson e Jefferson, que revezavam os jogos.
O goleiro Robson, explicou a eficiência da defesa: “É um trabalho de toda a equipe. Desde o nosso preparador de goleiros, que faz um excelente trabalho, mas também de toda a comissão técnica que prepara muito bem o time taticamente para tomar poucos gols”. Ele também lembrou a defesa do pênalti contra o São Joseense fora de casa que considera inesquecível e importante para dar confiança à equipe naquele momento do jogo.
Já o goleiro Jefferson, que também esteve presente no time do ano passado, afirmou ter a sensação de estar devendo algo para o time e a torcida. “Para os que estiveram aqui no passado e voltaram, ficou uma sensação de estar devendo algo. Retornamos esse ano e tivemos sucesso nessa nova tentativa”. Para ele, a defesa inesquecível foi diante do Paranavaí. “O jogo estava 0 a 0, uma bola que foi cabeceada pra área, no começo do jogo. Se eu não tivesse defendido, eles teriam feito o gol e o rumo do jogo talvez teria sido outro”, comentou.
O zagueiro Vitor, um dos paredões da defesa Procopense, foi capitão do time no segundo jogo da semifinal e ressaltou a importância da equipe unida e de um planejamento. “Em jogos decisivos, é sempre uma grande responsabilidade comandar a equipe. A comissão técnica se planejou, o professor Vital sempre teve um bom comando e nossa equipe conseguiu cumprir tudo que estava planejado.”
Mateus Barbosa, outro velho conhecido da torcida procopense, valorizou união do grupo. “Acredito que o empenho e comprometimento da equipe, como também da comissão técnica fez toda a diferença para montarmos uma equipe forte!”. O zagueiro que marcou dois gols na temporada, também destacou sua satisfação em estar de volta em mais uma temporada: “Estar de volta é muito bom. Eu me sinto em casa, fui muito bem recebido por todos e também o apoio do torcedor é muito importante. E assim, pude realizar um ótimo trabalho e ajudar a nossa equipe.”
Das bases ao profissional
O zagueiro Ricardo, formado na base do PSTC, destacou a importância do clube em sua formação. “O PSTC sempre nos proporcionou o melhor, tanto como jogador quanto como cidadão. Quando era da base e via o profissional jogar, sempre almejava um dia estar atuando no profissional, então passar tanto pela base quanto pelo profissional do PSTC é muito gratificante, é realizar um sonho de infância”, afirmou.