Se na defesa o PSTC Procopense foi eficiente, no ataque o time foi impecável. Em 17 jogos, foram 40 gols marcados. Foi disparado o melhor ataque do campeonato. Se comparado ao União, outro time que também garantiu o acesso, o PSTC tem quase o dobro dos gols, pois a equipe de Francisco Beltrão marcou 23.
Como se ainda não fosse suficiente, o PSTC foi o time que aplicou a maior goleada do campeonato, por 7 a 1, contra o Nacional. A maior sequência invicta também foi do time de Cornélio Procópio, foram 11 jogos sem perder.
Artilharia equilibrada
Até o primeiro jogo da final, a artilharia está empatada. Patrick e Gerônimo são os maiores goleadores com sete gols cada um. Em seguida vem Grafite com seis, Piraju com cinco e Alex com quatro.
O atacante Grafite acredita que o fator união possibilitou que não só viessem muitos gols, mas também que eles acontecessem por diferentes atletas. “Quando você trabalha duro e acredita no seus companheiros as coisas fluem naturalmente e os resultados positivos tanto individuais quanto coletivos acontecem.”
O volante Wallace, uma das principais peças da campanha do acesso, também destacou a união do grupo como fator de sucesso para tantos gols e resultados positivos. “Nosso time conseguiu ser muito regular ao longo da competição. Tomamos poucos gols e marcamos muitos. Quando havia um atleta lesionado ou suspenso, quem entrava no lugar substituía a altura.”
Alex que recentemente completou 18 anos, foi o mais jovem jogador a conquistar o acesso pelo PSTC. Ele falou da responsabilidade que carrega mesmo com pouca idade. “Acredito que a cobrança que recebo tem a ver com o fato de eu ser uma promessa do clube. Ainda tenho muito o que evoluir e aqui é só um começo, pois sei que tenho bastante para aprender”, comentou o atacante. Alex que foi formado nas categorias de base do time se diz muito grato a tudo que o time já o proporcionou: “Sempre me ofereceu uma boa estrutura e boas condições para que eu evoluísse como atleta, aqui dentro aprendi muita coisa e sou grato.”
Assim como o goleiro Jefferson, o meia Patrick e o volante Lucas Santos falaram do sentimento de estar devendo algo para o clube, por não terem conquistado o acesso em 2018. “O PSTC sempre nos proporcionou boas condições, pagamento em dia, que sabemos que no futebol é complicado. Então acredito ser uma forma de retribuir esse bom tratamento”, afirmou Lucas.
Fator experiência
Piraju, o jogador mais experiente do grupo acredita que apesar do PSTC ter um time jovem, todos sempre tiveram muita responsabilidade e conseguiram conquistar todos os objetivos. Para ele, o grupo foi muito intenso, desde o começo do campeonato até a reta final. “Mesmo nos jogos em que estávamos com a vantagem, continuávamos lutando para conseguir sempre mais.”
O atacante já disputou diversos campeonatos em diferentes estados e sua experiência ajudou o grupo a manter o foco. “A gente tem que se adaptar a estilo de jogo, para conquistar os objetivos desejados. Acredito que cada estado tem um jeito de jogar mais específico, no Paraná é um estado mais rápido, com mais velocidade para jogar, enquanto São Paulo usa mais a força, então para quem tem mais experiência acho que o caminho é sempre se adaptar as novas realidades.”
Carinho da torcida
Patrick é um dos jogadores que está atuando pela segunda temporada consecutiva no PSTC e já se tornou um velho conhecido da torcida. O meia fez um bom campeonato e marcou sete gols até o primeiro jogo da final, disputando a artilharia com Gerônimo, que também tem sete gols. Ele relembrou a importância do apoio da torcida. “Fico feliz em ter o carinho do torcedor. A gente trabalha todos os dias intensamente para ter esse reconhecimento. Eu cheguei para ajudar nos jogos e acredito que esteja agradando e isso me deixa feliz.”
Ainda falta um jogo para encerrar a temporada de 2019, a grande final que acontecerá no próximo domingo, mas a única certeza que já existe é que o PSTC tem os melhores números da Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense de 2019.